Helicóptero
(do grego ἔλιξ hélix (espiral) e πτέρυξ
ptéryks (asa) é um tipo de aeronave de asas rotativas, mais pesada que o ar,
propulsada por um ou mais rotores horizontais maiores (propulsores) que, quando
girados pelo motor, criam sustentação e propulsão necessárias para o voo.
Devido ao fato de as pás do rotor girarem em torno de um mastro, são
classificados como aeronave de asa rotativa, o que os distingue das aeronaves
de asa-fixa convencional (avião).
Em
contraste com aeronaves de asa fixa, isso permite que o helicóptero possa
decolar e pousar verticalmente, pairar e ir para frente, para trás e
lateralmente. Esses atributos permitem aos helicópteros serem utilizado em
áreas congestionadas ou isoladas em que as aeronaves de asa fixa não seriam
capaz de pousar ou decolar. A capacidade de pairar por longos períodos de tempo
e de decolagem e aterragem vertical permite aos helicópteros realizar tarefas
que as aeronaves de asa fixa não podem executar.
Os
helicópteros foram desenvolvidos e construídos durante a primeira metade de
século XX, com alguma produção e alcance limitado, mas foi só em 1942 que um
helicóptero projetado por Igor Sikorsky atingiu a produção em larga escala, com
131 aeronaves construídas. A primeira ideia pouca prática de um helicóptero foi
concebida por Leonardo da Vinci no século XV, mas esquecida até a invenção do
avião no século XX.
Tornando-se
um símbolo de poder, o helicóptero veio a ser também uma fonte de prestígio
para determinados homens de negócios. Tudo começou quando a companhia
norte-americana Bell não ganhou uma encomenda de helicópteros de observação,
acabando, em 1965, por adaptar o projecto à área civil. Este helicóptero veio a
ser um modelo popular entre os homens de negócios, apreciadores do conforto.
Os
helicópteros têm utilizações militares e civis, como transporte de tropas,
apoio de infantaria, apoio no combate a incêndios, resgate de acidentados nas
metrópoles, operações entre navios, transporte de equipes para plataNas
aeronaves convencionais, o perfil (formato da secção transversal) da asa (ou
aerofólio) é projetado para defletir o ar para baixo com grande eficiência.
Essa deflexão causa dois efeitos: uma reação contrária e uma diferença de
pressão. A reação tem como princípio a terceira lei de Newton, e gera uma força
contrária à deflexão, neste caso, para cima. A diferença de pressão, por sua
vez, baseia-se no princípio de Bernoulli, onde o ar movimenta-se com maior
velocidade na parte superior e menor na parte inferior do aerofólio. Isso causa
respectivamente baixa e alta pressão. Essa diferença de pressão aliada com a
reação à deflexão do ar causa a força de sustentação no aerofólio. No entanto,
quanto maior a sustentação produzida, maior a força de arrasto gerado pelo
aerofólio. O helicóptero faz uso do mesmo princípio, excetuando-se o fato de ao
invés de mover a aeronave inteira, apenas as asas (pás, no caso de asas
rotativas) é que se movimentam através do ar.formas petrolíferas, transporte de
empresários, evacuação sanitária, guindaste aéreo, polícia e vigilância de
civis, transportes de bens (alguns helicópteros podem levar cargas que podem
ser lançadas de paraquedas) etc.
A
estabilidade é inerente às aeronaves de asa-fixa. No caso de uma rajada de
vento, ou uma perturbação nos comandos de voo causar alguma variação na atitude
da aeronave, seu desenho aerodinâmico tenderá a corrigir o movimento, voltando
ao equilíbrio. Vários modelos de avião permitem ao piloto soltar os comandos em
pleno voo, mantendo-se no curso sem a ajuda de piloto automático. Em contraste,
os helicópteros são muito instáveis. Um simples voo pairado constantemente
requer correções do piloto. Caso o helicóptero seja perturbado em alguma
direção, ele tenderá a continuar aquele movimento até que o piloto o corrija na
direção contrária. Pairar um helicóptero é semelhante a equilibrar um bastão na
palma da mão.
Quase
todos os ajustes que se faz em um dos comandos de voo produzem efeitos que
requerem compensações nos outros comandos. Movendo o cíclico à frente resulta
em aumento da velocidade, mas em contrapartida também causa uma redução na
sustentação, que por sua vez irá requerer mais efeito do coletivo para
compensar essa perda. Aumentar o coletivo reduz a RPM do rotor por causar mais
arrasto sobre as pás, requerendo a abertura da manete de potência do motor para
manter a rotação constante. Se o motor está transferindo mais potência ao
rotor, isso causará mais torque e irá requerer mais ação do rotor de cauda, o
que é resolvido ajustando os pedais.
Helicópteros
pequenos podem ser tão instáveis que pode ser impossível de o piloto soltar o
manche cíclico durante o voo.[carece de fontes] Enquanto nas aeronaves de
asa-fixa o piloto senta à esquerda, nos helicópteros ocorre o inverso. Isso
ocorre para que os pilotos de avião possam ajustar os rádios, manetes e outros
controles com a mão direita. Nos helicópteros o piloto senta à direita para
manter a mão mais forte (geralmente a direita) no cíclico o tempo inteiro,
deixando os rádios e outros comandos para a mão esquerda, que pode ser retirada
do coletivo durante o voo.
Comparando
com os aviões, os helicópteros são muito mais complexos, mais caros na compra e
na manutenção e operam com reduzida velocidade, com pouca autonomia e com pouca
capacidade de carga. A vantagem obtém-se na capacidade de manobra: helicópteros
podem parar, inverter a trajetória e, acima de tudo, podem decolar e pousar com
voo vertical. Dependendo do reabastecimento e da quantidade de carga, um
helicóptero pode viajar para qualquer lugar desde que haja espaço no local de
aterrissagem.
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