domingo, 11 de março de 2012

O Ouvido e o Equilíbrio


O aparelho auditivo tem função estatoacústica (manutenção do equilíbrio e audição).
     Este aparelho pode dividir-se em três partes:
    Ouvido externo --- recebe as ondas sonoras
    Ouvido médio --- onde, as ondas são transformadas em vibrações mecânicas e transmitidas ao ouvido interno.
    Ouvido interno --- onde as vibrações estimulam os receptores e sofrem transdução para impulsos nervosos que vão alcançar o sistema nervoso central no nervo acústico.      O ouvido interno ou labirinto também tem estruturas vestibulares, que são altamente especializadas para o sentido do equilíbrio. É uma estrutura complexa formada por uma série de sacos membranosos cheios de líquido. Ao conjunto de canais e cavidades limitadas por tecido ósseo chama-se labirinto ósseo onde se encontram uma série de estruturas membranosas que ocupam parcialmente as cavidades ósseas (labirinto membranoso). O labirinto membranoso é formado principalmente por epitélio de revestimento pavimentoso, circundado por uma fina camada de tecido conjuntivo. O labirinto ósseo apresenta uma parte anterior, a cóclea ou caracol, relacionado com a audição e uma parte posterior relacionada com o equilíbrio e constituída pelo vestíbulo (constituído pelo sáculo e o utrículo) e canais semi-circulares.
 A cóclea ou caracol é uma estrutura altamente especializada como órgão receptor de sons. Tem forma de um canal de paredes ósseas enrolado em forma de caracol. A cóclea enrola-se em torno de um tecido ósseo esponjoso (modíolo), o qual contém no seu interior um gânglio nervoso (gânglio espiral).     O sáculo e o utrículo são constituídos por epitélio simples pavimentoso, recoberto por uma fina camada de tecido conjuntivo, no qual partem fibras trabéculas para o periósteo que reveste o vetíbulo. O interior do sáculo e do utrículo apresenta pequenas regiões de epitélio espessado e diferenciado em neuroepitélio, as máculas (receptor), onde terminam ramos do nervo vestibular. As máculas são formadas pelas células de sustentação e as receptoras ou sensoriais. As células receptoras apresentam dois tipos celulares, ambos contendo na superfície longos prolongamentos do tipo dos estereocílios, além de um cílio típico com seu corpúsculo basal. Essas células são conhecidas como “células com pêlos”. Um dos tipos de célula sensorial tem forma de cálice e apresenta-se rodeada por uma rede de terminações nervosas aferentes. O outro tipo é cilíndrico e mostra terminações nervosas aferentes e eferentes. Entre as células receptoras encontram-se as células de sustentação, cilíndricas, com seus núcleos com região basal e microvilosidades na superfície apical.
      Nos ductos semicirculares mais especificamente nas ampolas (onde se encontram as áreas receptoras), são constituídas por formações alongadas de neuroepitéio chamadas cristas ampulares (receptor). Essas cristas apresentam estrutura parecida com a das máculas, só que a camada glicoprotéica apresenta-se mais espessa formando uma espécie de capuz cónico, a cúpula. O último receptor é o órgão espiral de corti, sensível às vibrações induzidas pelas ondas sonoras. Possui células sensoriais que estão em contacto com a membrana tectória e limita um espaço, o túnel espiral interno. Formando a parede lateral desse túnel nota-se uma camada de células sensoriais internas ou de “pêlos”. Após o túnel observa-se células de sustentação, formando as células pilares e finalmente três fileiras de células sensoriais externas.  As células sensoriais internas têm forma de cálice, com estereocílio modificado da sua superfície livre e mitocôndrias na região basal. Também tem terminações nervosas aferentes e eferentes.
     As células sensoriais externas são alongadas, possuindo estereocílios modificados, regiões com acumulações de mitocôndrias e estão em contacto com o nervo coclear. Nenhum dos dois tipos tem cílios típicos como os que existem nas células da mácula.

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