Voo Air
France 447 foi um voo regular de longo curso operado pela companhia francesa
Air France entre Rio de Janeiro e Paris. Tornou-se conhecido pelo acidente aéreo
ocorrido durante o voo da noite de 31 de maio para 1 de junho de 2009,
efectuado pelo Airbus A330-203, quando a aeronave despenhou-se no Oceano
Atlântico com 228 pessoas a bordo (216 passageiros e 12 tripulantes).
O
avião, um Airbus A330-203, de matrícula F-GZCP, partiu do Aeroporto
Internacional do Rio de Janeiro-Galeão a 31 de maio de 2009, às 19h03min locais
(22h03 UTC), e deveria chegar ao Aeroporto de Paris-Charles de Gaulle
aproximadamente 11 horas depois. O último contato humano com a tripulação foram
mensagens de rotina enviadas aos controladores de terra brasileiros 3 horas e
30 minutos após o início do voo, quando o avião se aproximava do limite de
vigilância dos radares brasileiros, cruzando o Oceano Atlântico en route,
seguindo para a costa senegalesa, na África Ocidental, onde voltaria a ser
coberto por radares. Quarenta minutos mais tarde, uma série de mensagens
automáticas emitidas pelo ACARS (Acrônimo de Aircraft Communications Addressing
and Reporting System, ou Sistema Digirido de Comunicação e Informação
Aeronáutica, em português) foram enviadas pelo avião, indicando problemas
elétricos e de perda da pressurização de cabine na aeronave, sem que houvesse
outras indicações de problemas.
Após
ter falhada a esperada aparição nos radares senegaleses e não ter sido possível
o contato com o controle de tráfego aéreo de ambos os lados do Oceano
Atlântico, teve início uma busca pelo avião. Posteriormente a aeronave foi dada
como perdida, tomando como base suas reservas de combustível e o tempo decorrido.
Em 2 de
junho foram reportadas observações aéreas e marítimas de destroços no oceano,
perto da última localização conhecida do aparelho. À medida que as buscas
continuaram, a França enviou o navio de pesquisa Pourquoi Pas ?, equipado com
dois mini-submarinos capazes de realizar buscas a uma profundidade de 4.700 m.
O Brasil enviou cinco navios para o local, dentre os quais um navio-tanque para
prolongar as buscas na área. O porta voz da marinha brasileira afirmou que a
existência de destroços pode ser um indício de que há sobreviventes.
Na
tarde de 2 de junho o ministro da defesa do Brasil, Nelson Jobim, confirmou a
queda do avião no Oceano Atlântico, na área onde foram avistados os destroços.
Na noite do mesmo dia o presidente brasileiro em exercício, José Alencar, tendo
em vista a localização do acidente em alto-mar, decretou luto nacional por três
dias, em memória às vítimas da tragédia. A 3 de junho o Estado Maior do
Exército francês confirmou que os destroços encontrados se tratam do Airbus
desaparecido. Em 3 de
abril de 2011, a BEA anunciou que, após novas buscas no oceano, localizou e que
iria recolher diversos destroços. Também foi anunciado que corpos foram vistos entre
os destroços. A investigação inicial do acidente foi muito prejudicada pela falta de testemunhas e
rastreamento de radares, assim como pela falta das caixas pretas, as quais
foram localizadas apenas dois anos após o acidente, em maio de 2011
.
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário