quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Cupins, Fundamentais no equilibiro ambiental

O cupim popularmente conhecido como aleluias, formigas brancas, térmitas e siriris, os cupins pertencem à Ordem Isoptera, Classe Insecta.
Os Cupins são considerados insetos eussociais, pois vivem em colônias formadas por indivíduos especializados. Esses indivíduos estão organizados em castas, de modo que cada uma delas assume funções específicas, como reprodução, defesa da colônia, coleta de alimentos, entre outras. Cada casta possui indivíduos com uma morfologia específica, de acordo com a função desempenhada na colônia. Há uma interdependência entre as castas, de modo que todas são fundamentais para a sobrevivência da colônia.
Essas famílias podem ser divididas em três grupos, de acordo com seus hábitos alimentares e de nidificação:
• Xilófagos: vivem no interior de troncos de árvores e madeiras em geral. Seus ninhos não possuem contato com o solo. Pertencem exclusivamente à família Kalotermitidae.
• Arborícolas: vivem em ninhos construídos em árvores ou em troncos podres. A colônia se comunica com o solo através de túneis. Alimentam-se tanto de madeira como de húmus. São representantes desse grupo membros das famílias Rhynotermitidae e Serritermitidae.
• Humívoros: constroem seus ninhos no solo e se alimentam de húmus. Os cupins humívoros são representados pela família Termitidae.
De um modo geral, o cupim é capaz de consumir alimentos bastante diversificados, como madeira, papéis e outros derivados de celulose, couro, lã, vegetais vivos e matéria orgânica. Essa diversidade alimentar se deve à presença de microorganismos simbiontes (bactérias e protozoários) em uma membrana presente no intestino posterior desses insetos. Esses microorganismos secretam enzimas que transformam os materiais consumidos em substâncias que podem ser assimiladas pelos cupins. Assim, essa associação à fundamental à sobrevivência desses insetos.
Como em todos os artrópodes, o processo de crescimento do cupim se dá através da ecdise, que consiste na perda temporária do exoesqueleto quitinoso, que limita o tamanho do animal. Com a ecdise, a membrana intestinal onde se alojam os microorganismos simbiontes é eliminada e os cupins perdem parte de sua fauna intestinal. Para recuperá-la, esses insetos desenvolveram um comportamento denominado trofalaxia anal, que consiste na troca de alimentos proveniente do intestino entre os indivíduos da colônia.
A troca de alimentos também é feita através da boca, mas, nesse caso, sua utilidade se resume à nutrição e não à recuperação da fauna intestinal. Os operários, responsáveis pela alimentação, produzem um líquido claro, bastante nutritivo, que é passado aos reprodutores e soldados, com o objetivo de alimentá-los.
Outro importante hábito observado entre os cupins é o “grooming”, que consiste no fato de que constantemente os cupins lambem-se uns aos outros. Tal procedimento é fundamental na eliminação de microorganismos que possam causar doenças nas colônias. O conhecimento de hábitos como trofalaxia e “grooming” são importantes quando se deseja eliminar cupins por meio de iscas, pois os operários que consumirão o inseticida passarão o produto aos demais membros da colônia.
Em função dos seus hábitos alimentares os cupins desempenham um papel fundamental por atuarem na decomposição de madeiras e restos vegetais em geral, devolvendo ao meio ambiente os nutrientes ali presentes. Além disso, constroem galerias que permitem uma melhor aeração do solo, possibilitando também a entrada de fungos e outros microorganismos responsáveis por acelerar o processo de decomposição de matéria orgânica existente no solo. Assim, podemos dizer que os cupins são fundamentais ao equilíbrio ambiental.
Os cupins são insetos eussociais, ou seja, vivem em colônias divididas em castas, com funções específicas, como reprodução, alimentação, cuidado com os ovos, entre outras. Basicamente, há três castas: operários, soldados e reprodutores.
• Operários: constituem a casta mais numerosa da colônia. Os cupins operários não possuem asas, são cegos e não apresentam estruturas reprodutoras desenvolvidas, ou seja, são incapazes de se reproduzir. São responsáveis pela coleta dos alimentos, nutrição dos demais membros da colônia, cuidado com os jovens e ovos e construção dos ninhos e galeria.
• Soldados: de um modo geral, podem ser identificados por suas mandíbulas fortes e desenvolvidas, mas isso não é característica comum a todas as espécies. Assim como os operários, não possuem asas e também são estéreis e cegos. Na maioria das espécies, os soldados apresentam a cabeça pigmentada. São responsáveis pela defesa da colônia, que pode ser feita por meio de sua poderosa mandíbula ou ainda através de substâncias irritantes que são expelidas por uma glândula situada na cabeça do soldado de algumas espécies. Como são os indivíduos mais diferenciados na colônia, os soldados geralmente são utilizados para a identificação da espécie.
• Reprodutores: há reprodutores com asas, denominados alados ou imagos, que se tornarão reis ou rainhas de futuras colônias. Ao contrário dos soldados e dos operários, eles possuem olhos, asas e órgãos reprodutores bem desenvolvidos. Sua função, portanto, é gerar novos indivíduos para a colônia. Esses reprodutores alados são popularmente conhecidos como “aleluias” ou “siriris” e saem em revoadas em períodos quentes e quando a umidade do ar está alta. Em algumas espécies, as rainhas podem viver por muito tempo. Em Coptotermes gestroi, por exemplo, há relatos de que a rainha possa chegar a 15 anos de idade. Quando os reis e rainhas morrem, são substituídos por outros reprodutores. Dessa forma, uma colônia pode durar muito tempo. Se pensarmos na existência de reprodutores secundários, podemos imaginar que uma colônia de cupins tende a ser eterna, se não houver intervenção humana. Isso, no entanto, não é uma realidade. Não se sabe ao certo o motivo, mas após certo tempo, as colônias.




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