quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Do Limão à Limonada

Fazer do limão limonada” que é citada no Google 6.740 (pesquisa com aspas, semana passada). Não descobri a origem. Provavelmente, algum dia em algum lugar a expressão foi cunhada quando uma situação indesejada foi revertida positivamente. Ficou bacana e foi popularizada, passando a fazer parte de nossas conversas, de tal forma que a repetimos sem pensar.

O que me chama a atenção é o sem pensar, revelação de comportamento empreendedor, da capacidade de lidar com situações difíceis ou complexas acreditando na possibilidade de transformar em oportunidade uma situação aparentemente negativa. Otimismo? Talvez. Gosto de associar o otimismo ao comportamento empreendedor. Não falo do otimismo irresponsável, da crença imobilizada na solução vinda de fora. Falo de uma crença interior, da força que reage às dificuldades e encontra saídas para os labirintos da necessidade.
Acredito que todo empreendedor é esse otimista, empreendendo nas suas empresas ou nas empresas para as quais trabalha, criando negócios, desenvolvendo projetos, liderando ou liderado.
Por outro lado, conheço pessoas, que incapazes de reagir, caíram, deprimiram, adoeceram. O que diferencia uma das outras? Você pode me dizer que são oportunidades, que aparecem para uns e não para outros. Pode ser, mas sem otimismo podemos não enxergar as oportunidades, quando elas nos aparecem travestidas de negro. Aliás, há os que enxergam o invisível e concretizam o que não somos capazes de imaginar.
Os livros costumam falar sobre correr riscos calculados. Mas sem otimismo quem correria qualquer tipo de risco?
Talvez a razão de tanta gente fazendo limonada, aliar à força e ao otimismo a disposição para o fazer.
Pessoas que fazem, erram, fazem de novo. Cheias de vontade, acabam acertando.
Na ordem caótica do dia-a-dia, nascem, crescem e morrem empresas, muitas delas do mesmo dono. Depois vem os livros com as receitas, extraídas da vida de personalidades de sucesso. No entanto, o meu sucesso será sempre diferente do seu sucesso, que será diferente do nosso. O funcionário bem sucedido é com certeza um empreendedor, ou os donos das padarias da esquina. ambos bem sucedidos.
A receita consiste no fazer sem medo, na capacidade de adoçar o azedo e, ainda, servi-lo gelado.
A cada dia que passa o mundo exige que sejamos empreendedores, a cada dia que passa reduz-se o espaço para empregados acomodados. E daqui a pouco, vamos ler nas placas, nos classificados dos jornais, nos sites da Internet anúncios procurando pessoas capazes de fazer limonada. Afinal, o emprego não está diminuindo, as exigências é que estão mudando. E o mercado não está saturado, está faltando é inovação. Mas isso é outro papo

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