Veneza
(em italiano: Venezia, em vêneto: Venexia, AFI: [veˈnɛsja]) é uma cidade e
comuna italiana da região do Vêneto, província de Veneza no nordeste de Itália.
Tem cerca de 271 009 habitantes e é conhecida pela sua história, canais, museus
e monumentos. A comuna de Veneza estende-se por uma área de 412 km², incluindo
as ilhas de Murano, Burano e outras na lagoa de Veneza, tendo uma densidade
populacional de 646 hab/km². Faz fronteira com Campagna Lupia,
Cavallino-Treporti, Chioggia, Jesolo, Marcon, Martellago, Mira, Mogliano Veneto
(TV), Musile di Piave, Quarto d'Altino, Scorzè, Spinea. A parte de Veneza em
terra firme é a fracção comunal de Mestre.
A
cidade foi formada num arquipélago da laguna de Veneza, no golfo de Veneza, no
noroeste do mar Adriático. Tornou-se uma potência comercial a partir do século
X, no qual sua frota já era uma das maiores da Europa. Foi uma das cidades mais
importantes da Europa, com uma história rica e complexa e um império de
influência mundial comandado pelos doges, os líderes da cidade. Como cidade
comercial, tinha várias feitorias e controlava várias rotas comerciais no
Levante. Eram suas feitorias cidades como Negroponto e Dyrrhachium (atual
Durrës), assim como ilhas inteiras: Creta, Rodes, Cefalônia e Zante, por
exemplo. O historiador Fernand Braudel classificou-a como a primeira capital
econômica do Capitalismo.
Embora
não haja nenhum registo histórico que lide directamente com as origens de
Veneza, os elementos disponíveis fizeram com que vários historiadores
concordassem com a teoria de que a população original de Veneza era formada por
refugiados de cidades romanas como Pádua, Aquileia, Altino e Concórdia (moderna
Portogruaro), que fugiam das sucessivas invasões germânicas e hunas à Península
Itálica no século V.[1] Mais tarde, algumas fontes históricas romanas revelaram
a existência de pescadores nas ilhas da lagoa de Veneza. Eles são referidos
como incola lacunae (habitantes da lagoa).
A
cidade está coberta por 177 canais, 400 pontes e 118 ilhas, estando localizada
entre a foz do rio Ádige (a sul) e do rio Piave (a norte). O centro histórico é
totalmente pedonal, atuando como canais rodoviários, bem como os diferentes
barcos, que são os únicos meios de transporte na zona. O centro histórico
sempre esteve isolado de terra firme (algo que em numerosas ocasiões
representou um eficiente sistema de defesa) até 1846, quando foi construída a
ponte ferroviária. Em 1933, a Ponte della Libertà, com 4 km trouxe para a
entrada da cidade o tráfego rodoviário, ligando Mestre à Piazzale Roma. A
cidade dista cerca de 37 km de Treviso e 40 km de Pádua.
As outras principais ilhas da lagoa são: Lido, Murano, Burano e Torcello. Outras ilhas menores são São Miguel (a ilha do cemitério da cidade), Santo Erasmo, Mazzorbo, La Vignole, Certosa São Francisco do Deserto, São Giacomo em Paludo, São Servolo, São Lazzaro degli Armeni e Giudecca. Veneza é mundialmente famosa pelos seus canais. A cidade foi construída sobre um arquipélago de 118 ilhas formadas por cerca de 150 canais numa lagoa rasa. As ilhas em que a cidade é construída são ligadas por cerca de 400 pontes. No velho centro, os canais servem a função de estradas, e de qualquer forma de transporte sobre a água ou a pé. No século XX, um aterro permitiu uma ligação ao continente, a construção da estação ferroviária de Venezia Santa Lucia em Veneza, uma estrada para automóveis e um estacionamento. Para além destas ligações para o continente no extremo norte da cidade, o transporte dentro da cidade continua a ser, como foi em séculos passados, inteiramente na água ou em pé. Veneza é a maior urbe da Europa com áreas livres para carros, única na Europa, permanecendo um considerável funcionamento da cidade no século XXI totalmente sem carros ou caminhões.
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